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À quelques jours de la rentrée scolaire au Bénin, la situation des professeurs des écoles catholiques du pays interpelle. Alors que leurs établissements jouissent d’une forte réputation, ces enseignants ne reçoivent qu’une rémunération décevante.

Pour Josette Loupeda, une femme de lettres béninoise, il est indiscutable que les enseignants des écoles catholiques de son pays ne sont pas rémunérés à la hauteur de leur dévouement. Cette préoccupation ne date pas d’hier, puisque dès 2017, l’écrivain et journaliste Florent Couao-Zotti dénonçait une « immense détresse » cachée derrière la « façade brillante » de l’enseignement catholique.

Selon lui, le système actuel exploite les enseignants, les surcharge de travail, mais ne leur offre pas des salaires attrayants. Il qualifiait les salaires des professeurs des écoles catholiques de « dérisoires sinon ridicules », en comparaison avec ceux de la fonction publique.

La conséquence directe de cette problématique est la réduction du nombre d’enseignants permanents au profit d’enseignants vacataires. Athanase Gouhizoun, membre du conseil diocésain de l’enseignement catholique à Cotonou, admet que des mesures doivent être prises pour rendre le statut des enseignants permanents plus attractif que celui des vacataires.

Cette situation pousse de plus en plus de professeurs à quitter l’enseignement catholique pour rejoindre l’école publique. Jean Amoni en est un exemple, ayant quitté en 2016 un collège catholique pour intégrer la fonction publique, arguant que les écoles catholiques fonctionnent principalement grâce aux frais de scolarité des élèves, ce qui limite les augmentations salariales.

La question est complexe, d’autant plus que les frais d’inscription dans les écoles catholiques sont déjà élevés pour certaines familles. Le père Destin Akpo souligne que ces collèges ont été initialement créés pour aider les enfants des familles défavorisées, mais cette mission s’est peu à peu éloignée de son objectif initial.

Athanase Gouhizoun estime que l’État béninois doit jouer un rôle crucial en accordant des subventions aux écoles catholiques, tout en continuant à soumettre ces écoles aux exigences fiscales. Cette mesure serait essentielle pour garantir un équilibre financier tout en préservant la qualité de l’éducation catholique, qui jouit d’une réputation exceptionnelle.

Les écoles catholiques du Bénin sont réputées pour leurs résultats exceptionnels. Les taux de réussite au Certificat d’études primaires, au Brevet d’études du premier cycle, et au baccalauréat sont impressionnants. Le père Épiphane Akpity et le père Didier Affolabi soulignent la constante amélioration des résultats d’année en année.

En conclusion, la situation des enseignants des écoles catholiques au Bénin nécessite une attention urgente. L’État doit envisager des solutions pour garantir une rémunération décente à ces enseignants dévoués, tout en préservant la qualité de l’enseignement catholique, qui a contribué de manière significative à l’éducation de la jeunesse béninoise. Une réflexion concertée entre l’État, les écoles catholiques et la société civile est essentielle pour surmonter ces défis et préserver l’excellence éducative du pays.



A few days before the start of the school year in Benin, the situation of teachers in Catholic schools in the country calls into question. While their establishments enjoy a strong reputation, these teachers receive disappointing remuneration.

For Josette Loupeda, a Beninese woman of letters, it is indisputable that teachers in Catholic schools in her country are not paid commensurate with their dedication. This concern is not new, since in 2017, the writer and journalist Florent Couao-Zotti denounced an “immense distress” hidden behind the “brilliant facade” of Catholic teaching.

According to him, the current system exploits teachers, overworks them, but does not offer them attractive salaries. He described the salaries of teachers in Catholic schools as “insignificant, if not ridiculous”, in comparison with those of the civil service.

The direct consequence of this problem is the reduction in the number of permanent teachers in favor of temporary teachers. Athanase Gouhizoun, member of the diocesan council of Catholic education in Cotonou, admits that measures must be taken to make the status of permanent teachers more attractive than that of temporary teachers.

This situation is pushing more and more teachers to leave Catholic education to join public schools. Jean Amoni is an example, having left a Catholic college in 2016 to join the civil service, arguing that Catholic schools operate mainly on student tuition fees, which limits salary increases.

The issue is complex, especially since registration fees in Catholic schools are already high for some families. Father Destin Akpo emphasizes that these colleges were initially created to help children from disadvantaged families, but this mission gradually moved away from its initial objective.

Athanase Gouhizoun believes that the Beninese state must play a crucial role in providing subsidies to Catholic schools, while continuing to subject these schools to tax requirements. This measure would be essential to guarantee financial balance while preserving the quality of Catholic education, which enjoys an exceptional reputation.

Catholic schools in Benin are renowned for their exceptional results. The success rates for the Certificate of Primary Studies, the Brevet d’études du first cycle, and the baccalaureate are impressive. Father Epiphane Akpity and Father Didier Affolabi underline the constant improvement in results from year to year.

In conclusion, the situation of teachers in Catholic schools in Benin requires urgent attention. The State must consider solutions to guarantee decent remuneration for these dedicated teachers, while preserving the quality of Catholic education, which has contributed significantly to the education of Beninese youth. Concerted reflection between the State, Catholic schools and civil society is essential to overcome these challenges and preserve the country’s educational excellence.



A poucos dias do início do ano letivo no Benim, a situação dos professores das escolas católicas do país é preocupante. Embora as suas instituições gozem de uma forte reputação, estes professores recebem apenas uma remuneração decepcionante.

Para Josette Loupeda, uma mulher de letras beninense, é indiscutível que os professores das escolas católicas do seu país não recebem uma remuneração proporcional à sua dedicação. Esta preocupação não é nova, já que em 2017 o escritor e jornalista Florent Couao-Zotti denunciou uma “imensa angústia” escondida por trás da “fachada brilhante” do ensino católico.

Segundo ele, o sistema atual explora os professores, sobrecarrega-os, mas não lhes oferece salários atrativos. Ele descreveu os salários dos professores nas escolas católicas como “insignificantes, senão ridículos” em comparação com os do serviço público.

A consequência direta deste problema é a redução do número de professores permanentes em favor de professores temporários. Athanase Gouhizoun, membro do conselho diocesano para a educação católica de Cotonou, admite que devem ser tomadas medidas para tornar o estatuto dos professores permanentes mais atraente do que o dos trabalhadores temporários.

Esta situação está a levar cada vez mais professores a abandonar a educação católica para ingressar nas escolas públicas. Jean Amoni é um exemplo, tendo deixado uma faculdade católica em 2016 para ingressar na função pública, argumentando que as escolas católicas funcionam principalmente com mensalidades estudantis, o que limita os aumentos salariais.

A questão é complexa, especialmente porque as taxas de matrícula nas escolas católicas já são elevadas para algumas famílias. O Padre Destin Akpo salienta que estes colégios foram inicialmente criados para ajudar crianças de famílias desfavorecidas, mas esta missão foi-se afastando gradualmente do seu objectivo inicial.

Athanase Gouhizoun acredita que o Estado beninense deve desempenhar um papel crucial, concedendo subsídios às escolas católicas, ao mesmo tempo que continua a submeter estas escolas a exigências fiscais. Esta medida seria essencial para garantir o equilíbrio financeiro e preservar a qualidade da educação católica, que goza de uma reputação excepcional.

As escolas católicas no Benin são conhecidas pelos seus resultados excepcionais. As taxas de aprovação no Certificado de Estudos Primários, no Ciclo Brevet d’Etudes du Premier e no Bacharelado são impressionantes. O Padre Épiphane Akpity e o Padre Didier Affolabi sublinham a melhoria constante dos resultados ano após ano.

Em conclusão, a situação dos professores nas escolas católicas no Benim requer atenção urgente. O Estado deve considerar soluções para garantir uma remuneração digna a estes professores dedicados, preservando ao mesmo tempo a qualidade da educação católica, que tem contribuído significativamente para a educação da juventude beninense. Uma reflexão concertada entre o Estado, as escolas católicas e a sociedade civil é essencial para superar estes desafios e preservar a excelência educativa do país.

Rev. Fr. George Nwachukwu