print

La situation au Niger a suscité des préoccupations à l’échelle mondiale, en particulier au sein de la communauté religieuse et diplomatique. Depuis le renversement du président Mohamed Bazoum par des militaires le 26 juillet dernier, les événements dans ce pays d’Afrique de l’Ouest ont été étroitement suivis. Le pape François, par le biais de ses déclarations et de ses prières, exprime une vive inquiétude face à cette crise et appelle à la paix et à la stabilité dans la région du Sahel.

Le Niger, quatrième pays de la sous-région ouest-africaine à faire l’expérience d’un coup d’État militaire depuis 2020, se trouve aujourd’hui au cœur de l’attention internationale. La Communauté économique des États de l’Afrique de l’Ouest (CEDEAO) s’est clairement engagée à restaurer le président renversé Mohamed Bazoum à son poste, y compris par des moyens militaires. Cette position a été soulignée lors de réunions entre les chefs d’État de la CEDEAO à Accra, au Ghana.

Le pape François a vigoureusement exprimé sa préoccupation pour la situation au Niger et a uni sa voix à celle des évêques en faveur de la paix et de la stabilité dans la région du Sahel selon le correspondant de RECOWACERAO NEWS AGENCY basé au Vatican. Lors de la prière de l’Angélus du 20 août, il a appelé à des efforts concertés pour une solution pacifique à cette crise complexe. Le pape a souligné l’importance de prévenir tout conflit armé qui pourrait entraîner des conséquences désastreuses pour la population et la stabilité de la sous-région.

Plusieurs épiscopats de la sous-région ouest-africaine ont vivement critiqué l’idée d’une intervention militaire au Niger. Les Conférences épiscopales réunies d’Afrique de l’Ouest ont affirmé que l’intervention militaire ne ferait qu’aggraver la situation déjà précaire des populations locales. Des pays tels que le Burkina Faso, le Niger, le Nigeria, le Bénin, la Côte d’Ivoire et le Togo, entre autres, ont exprimé leur soutien au dialogue comme solution pour sortir de la crise. Cette position est partagée par d’autres pays africains et occidentaux.

Le risque d’une escalade vers un conflit armé est palpable, compte tenu des déterminations affichées par les différentes parties. Le général Abdourahamane Tiani, désormais à la tête du Niger et soutenu par les militaires du Burkina Faso et du Mali, a averti que toute agression serait prise au sérieux et ne serait pas un simple jeu. Les déclarations des dirigeants militaires du Burkina Faso et du Mali, qui considèrent toute intervention militaire contre le Niger comme une déclaration de guerre contre eux, soulignent la complexité de la situation.

La junte militaire, dirigée par le général Abdourahamane Tiani, est déterminée à maintenir le pouvoir, même face aux sanctions économiques imposées par la CEDEAO. Une période de transition d’au moins trois ans est envisagée, au cours de laquelle un gouvernement de 21 membres, composé de civils et de militaires, supervisera un dialogue national visant à stabiliser la situation.

La crise au Niger suscite des inquiétudes majeures au sein de la communauté internationale, y compris parmi les dirigeants religieux et diplomatiques. L’appel du pape François à la paix et à la stabilité dans la région du Sahel résonne comme un rappel poignant de la nécessité d’éviter tout conflit armé. Alors que les défis et les enjeux sont nombreux, il est impératif que les acteurs régionaux et internationaux œuvrent de concert pour trouver une solution pacifique, préserver la sécurité des populations et favoriser le développement durable de la sous-région.


The situation in Niger has raised global concerns, particularly within the religious and diplomatic community. Since the overthrow of President Mohamed Bazoum by the military on July 26, events in this West African country have been closely followed. Pope Francis, through his statements and prayers, expresses deep concern over this crisis and calls for peace and stability in the Sahel region.

Niger, the fourth country in the West African sub-region to experience a military coup since 2020, now finds itself at the center of international attention. The Economic Community of West African States (ECOWAS) is clearly committed to restoring ousted President Mohamed Bazoum to his post, including through military means. This position was emphasized during meetings between ECOWAS Heads of State in Accra, Ghana.

Pope Francis has vigorously expressed his concern for the situation in Niger and has united his voice with that of the bishops in favor of peace and stability in the Sahel region according to the Vatican-based correspondent of RECOWACERAO NEWS AGENCY. During the August 20 Angelus prayer, he called for concerted efforts for a peaceful solution to this complex crisis. The pope underlined the importance of preventing any armed conflict which could lead to disastrous consequences for the population and the stability of the sub-region.

Several episcopates in the West African sub-region have strongly criticized the idea of a military intervention in Niger. The United Episcopal Conferences of West Africa affirmed that the military intervention would only aggravate the already precarious situation of the local populations. Countries such as Burkina Faso, Niger, Nigeria, Benin, Côte d’Ivoire and Togo, among others, have expressed their support for dialogue as a way out of the crisis. This position is shared by other African and Western countries.

The risk of an escalation towards an armed conflict is palpable, given the determination displayed by the various parties. General Abdourahamane Tiani, now at the head of Niger and supported by the military of Burkina Faso and Mali, warned that any aggression would be taken seriously and would not be a simple game. Mali, who consider any military intervention against Niger as a declaration of war against them, underline the complexity of the situation.

The military junta, led by General Abdourahamane Tiani, is determined to maintain power, even in the face of economic sanctions imposed by ECOWAS. A transition period of at least three years is envisaged, during which a 21-member government, composed of civilians and military, will oversee a national dialogue aimed at stabilizing the situation.

The crisis in Niger is causing major concern within the international community, including among religious and diplomatic leaders. Pope Francis’ call for peace and stability in the Sahel region resonates as a poignant reminder of the need to avoid armed conflict. While the challenges and issues are numerous, it is imperative that regional and international actors work together to find a peaceful solution, preserve the security of the populations and promote the sustainable development of the sub-region.


A situação no Níger suscitou preocupações globais, especialmente no seio da comunidade religiosa e diplomática. Desde a derrubada do Presidente Mohamed Bazoum pelos militares, em 26 de Julho, os acontecimentos neste país da África Ocidental têm sido acompanhados de perto. O Papa Francisco, através das suas declarações e orações, expressa profunda preocupação com esta crise e apela à paz e à estabilidade na região do Sahel.

O Níger, o quarto país da sub-região da África Ocidental a sofrer um golpe militar desde 2020, encontra-se agora no centro das atenções internacionais. A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) está claramente empenhada em restaurar o Presidente deposto Mohamed Bazoum no seu cargo, inclusive através de meios militares. Esta posição foi enfatizada durante as reuniões entre os Chefes de Estado da CEDEAO em Accra, Gana.

O Papa Francisco expressou vigorosamente a sua preocupação com a situação no Níger e uniu a sua voz com a dos bispos a favor da paz e da estabilidade na região do Sahel, de acordo com o correspondente da RECOWACERAO NEWS AGENCY sediado no Vaticano. Durante a oração do Angelus de 20 de agosto, ele apelou a esforços concertados para uma solução pacífica para esta crise complexa. O Papa sublinhou a importância de prevenir qualquer conflito armado que possa ter consequências desastrosas para a população e para a estabilidade da sub-região.

Vários episcopados da sub-região da África Ocidental criticaram fortemente a ideia de uma intervenção militar no Níger. As Conferências Episcopais Unidas da África Ocidental afirmaram que a intervenção militar apenas agravaria a situação já precária das populações locais. Países como o Burkina Faso, o Níger, a Nigéria, o Benim, a Costa do Marfim e o Togo, entre outros, manifestaram o seu apoio ao diálogo como forma de sair da crise. Esta posição é partilhada por outros países africanos e ocidentais.

O risco de uma escalada para um conflito armado é palpável, dada a determinação demonstrada pelas diversas partes. O general Abdourahamane Tiani, agora à frente do Níger e apoiado pelos militares do Burkina Faso e do Mali, alertou que qualquer agressão seria levada a sério e não seria um simples jogo. guerra contra eles, sublinham a complexidade da situação.

A junta militar, liderada pelo General Abdourahamane Tiani, está determinada a manter o poder, mesmo face às sanções económicas impostas pela CEDEAO. Está previsto um período de transição de pelo menos três anos, durante o qual um governo de 21 membros, composto por civis e militares, supervisionará um diálogo nacional destinado a estabilizar a situação.

A crise no Níger está a causar grande preocupação na comunidade internacional, incluindo entre os líderes religiosos e diplomáticos. O apelo do Papa Francisco à paz e à estabilidade na região do Sahel ressoa como um lembrete comovente da necessidade de evitar conflitos armados. Embora os desafios e questões sejam numerosos, é imperativo que os intervenientes regionais e internacionais trabalhem em conjunto para encontrar uma solução pacífica, preservar a segurança das populações e promover o desenvolvimento sustentável da sub-região.

Rev. Fr. George Nwachukwu